Dia do Estudante: aprender é para vida toda!

Dia 11 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Estudante! Do ensino infantil ao pós-doutorado, esse é o dia daqueles que guiam-se pela curiosidade e buscam conhecer o mundo.

A celebração remete ao ano de 1827 quando Dom Pedro I inaugurou no Brasil, em São Paulo e Olinda, os dois primeiros cursos de graduação em ciências jurídicas e sociais.  Com o passar dos anos esses cursos ganharam muita relevância na história da educação brasileira.

Sendo assim, no centésimo aniversário do acontecimento, o advogado Celso Gand Ley sugeriu que nessa data fosse comemorado o Dia do Estudante. 10 anos depois, em 11 de agosto de 1937, a oficialização da União Nacional dos Estudantes (UNE), somou ao coro e o Dia do Estudante foi oficializado.

Profissional também é estudante

O mercado de trabalho está cada vez mais dinâmico, recebendo uma enorme variedade de informações que chegam em maior volume. Dessa forma é essencial que os profissionais desenvolvam a atitude de pesquisadores.

Mais do que absorver conteúdos e aprender técnicas que possam vir a ficar obsoletas, os profissionais precisam se tornar estudantes. Assim é possível estabelecer um olhar crítico e estar preparado para inovar e conhecer novas tendências, sempre com uma visão global.

Dia do Estudante: aprender é para vida toda!

Nossa trajetória com o aprender passa pela educação infantil, ensino fundamental e médio. O ponto de partida é igual para todos, no entanto o caminho se altera mesmo com a possibilidade de uma graduação, que pode vir a se estender para uma pós graduação, mestrado, doutorado e um pós doutorado.  Mas será que acaba aí?

O aprender vai muito além da estadia em sala de aula. Enquanto o aluno ocupa um papel social, motivado pela necessidade de preparação e focado, sobretudo, nos resultados. O estudante transcende essa função, ele estuda porque quer conhecer o mundo. Os resultados são importantes, mas guia-se pela curiosidade, pelo desejo de evoluir é fundamental. O autor Paulo Mendes Campos, na crônica Para Maria das Graças, escreveu:

“Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: “A corrida terminou! Mas quem ganhou?” É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não sabe quem venceu. Se tiveres que ir a algum lugar, não te preocupes com a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhaste”.

Talvez falte fome

Como gostar de estudar? Principalmente durante o vestibular? Essa é uma pergunta difícil, já que esse é um momento da vida em que lidamos com muitas expectativas. Contudo, para pensarmos sobre o assunto podemos recorrer a outra pergunta: por qual razão se estuda? Para aprender o estudante precisa, sobretudo, estar curioso. Em seu texto, “A arte de produzir fome”, o psicanalista e educador Rubem Alves nos induz a reflexão:

“Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim “affetare”, quer dizer “ir atrás”. É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado”.

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